Exacerbações

Quando ocorre um agravamento repentino dos sintomas, é importante identificar os fatores que o causaram. Além da adesão à terapêutica, o seguinte pode ter alguma influência: 1

  • Exposição a alérgenos e fatores ambientais no local de trabalho

  • Temperatura, calor excessivo, suor, banhos prolongados, roupas inadequadas (ex.: lãs).

  • Desvios nocivos relativamente ao nosso estado normal, por exemplo: picos de stress, infeções virais, exposição a alguns medicamentos.

A gestão das exacerbações é um verdadeiro desafio. Esta procura o controlo imediato dos sintomas agudos, sem comprometer a estratégia global de tratamento. A terapêutica visa estabilizar a doença ao longo do tempo e prevenir exacerbações futuras, minimizando efeitos adversos.2

As exacerbações de dermatite atópica são uma das causas de maior sofrimento físico e psicológico provocados pela doença. A consulta médica é a oportunidade ideal para uma investigação minuciosa, quer pela análise da história clínica, quer pela observação cuidada da pele para que se possa entender quais os fatores desencadeantes da exacerbação, se existentes, e quais os comportamentos corretos para evitá-los tanto quanto possível.2

O papel das alergias na dermatite atópica é provavelmente mínimo e apenas em poucos casos a remoção do alérgeno ajuda a controlar a doença. No entanto, no caso de doenças respiratórias alérgicas, pode ser útil tomar medidas preventivas para se expor o menos possível aos alérgenos ou considerar possíveis vacinas.2

Frequentemente, temos crenças incorretas sobre as causas dos nossos surtos ou podemos ter preocupações sobre os efeitos adversos dos medicamentos prescritos.2

É importante conversar com o nosso médico e entender juntos como podemos trabalhar melhor para minimizar as exacerbações que pautam a história natural da dermatite atópica.2

REFERÊNCIAS:
1. Gelmetti C, et al. Revisione critica di linee guida e raccomandazioni pratiche per la gestione dei pazienti con dermatite atopica. Dermatite Atopica 2016-2017. SIDeMaST
2. Katoh N. et al. Clinical practice guidelines for the management of atopic dermatitis 2018

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