O sintoma mais evidente da dermatite atópica é o prurido, o qual é habitualmente intenso, debilitante e causa de grande sofrimento em quem vive com D.A..
É também muito frequente perturbar o sono, causando noites mal dormidas. Este sintoma reflete uma inflamação em curso na pele e que vai além desta. Para entender melhor como a dermatite atópica afeta o dia a dia de quem vive com esta doença, é importante compreender quais os sinais e sintomas e os respetivos mecanismos envolvidos.
A dermatite atópica é uma doença imunomediada multifatorial, afetando duas importantes componentes: o sistema imunológico e a função barreira da pele. Por um lado, a função de barreira da pele está diminuída, tornando a pele mais permeável a elementos do exterior (agentes irritativos e outros). O sistema imunológico da pele, demasiado reativo, reage excessivamente a estes agentes habitualmente inócuos, insignificantes, provocando uma inflamação sob a pele (não visível ainda, ou subclínica) que, se persistir, pode originar as lesões visíveis. Assim as erupções que observamos na pele são apenas os sinais visíveis de um processo inflamatório mais profundo e prolongado.
1. PRURIDO Em doentes com a dermatite atópica, as células imunológicas das camadas profundas da pele enviam sinais inflamatórios à superfície, causando a erupção cutânea e o prurido.
2. COÇAR Ao coçar, a camada superficial da pele é danificada, o que permite a penetração de diferentes tipos de agentes irritativos.
3. PELE DANIFICADA Como resposta aos agentes externos, o sistema imunológico continua a enviar sinais para a superfície, o que agrava ainda mais o eritema e o prurido.
4. LIBERTAÇÃO DOS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS Quanto mais se coçar, mais se deteriora a barreira cutânea, e o ciclo de prurido-coçar continua.
